O que faz um bom filme? Certamente uma soma de fatores. As vezes é uma bela fotografia combinada à uma trilha sonora que transportam o espectador para dentro de um mundo de sonho. As vezes o filme se destaca por um elenco de interpretações intensas ou por vezes o filme foi abençoado com um roteiro genuinamente original. Aparentemente então para os votantes da Academia, bastou que Selma tivesse uma boa canção para receber uma vaga na disputa de melhor filme. A inexplicável ausência de “Selma” (2014) nas categorias de atuação soa então como uma concessão de cota e explicita o desconforto: o Oscar desse ano está tão branco quanto um churrasco em Atlanta nos anos 50.